Eu não sei por que, mas o seu rosto sempre me chamou a atenção. Tem qualquer coisa de Branca de Neve ou Alice, um quê de personagem desenhada, planejada, colorida. Não é que seja a personificação da perfeição ou a encarnação de uma princesa encantada de contos de fadas, mas há qualquer coisa lá que parece habitar outro universo.

É um tal de construir e desconstruir, que a impressão que me causa é, ao mesmo tempo, querer marcar sua existência, como um risco em vermelho no meio de um padrão descorado, e passar despercebida, como uma pássaro ou uma borboleta passariam.
Sempre metida em cores neutras que parecem não interferir em sua própria cor. O verde oliva, o azul índigo, o preto. Ah! Claro! Tem sempre aquele detalhe vermelho brincando por ali. E postados no chão, seus pés, em seus calçados de batalha, às vezes pesados, às vezes delicados... Hoje, as botas e o meio termo.
Deve ser o cabelo ou a tez clara, mas quanto mais eu penso, mais me parece a tal Branca que era de neve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário