quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Queria sair daqui...


Sinto-me oprimida diante de tantas mentes sagazes... Adultos em uma louca corrida rumo a lugar nenhum. Querem ganhar mais dinheiro e querem ter mais poder. Olham-me de cima, como se eu fosse algum animal abjeto que interrompe o caminho. Eu sorrio de minha infantil insignificância. Eu vejo o mundo deles e seus desejos insanos... Prefiro continuar aqui, sendo arlequim e motivo de seu escárnio. Meu coração pulsa enquanto os seus apodrecem...

sábado, 30 de julho de 2011

Despertei!

Estive congelada pelos últimos dez anos.
Perdi uma parte da juventude, não vi passarem as estações.
Meu coração parou, minha alma hibernou
Estive a espera de alguém que não chegou
Eu sonhei um sonho estranho, um pesadelo
Onde eu não cresci, nem vivia, nem amava, nem sofria
Despertei num corpo estranho, num tempo estranho
Meus olhos não reconheciam os quadros
Nem as pessoas, nem a língua
Adormeci nos meus sonhos de menina
Para despertar nos tormentos de mulher

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A canção

Pra não chorar
Vou cantar uma canção
Sobre um grande amor
Que dura para sempre
Vou rimar versos
E entoar notas
E cantarei pra você
Minha canção partirá
Rumo ao infinito
Ao encontro seu
Você vai senti-la
Quando o coração doer
Sem motivo algum
E seus olhos chorarem
Você saberá
Que canto por você
E que as lágrimas
São as notas da canção!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Blood On The Dance Floor


Há sangue na pista de dança

Vermelho, quente, denso

Depois da última balada

O último fio de esperança

Consistente e intenso

Foi-se com a estocada

Há sangue pelo chão

Escorrendo sem fim

Da lâmina, pela mão

Gotejando naquela direção

Fluindo de mim

Esvaindo-se em vão

Há sangue na minha mão

Inundando os dedos

Sangue derramado

Calando a última canção

Libertando os medos

Vermelho, encarnado

Sangue na pista de dança

A última balada

Lâmina no chão

Grito de esperança

Canção calada

Sangue pelo chão

domingo, 28 de novembro de 2010

Final


A cortina desceu
O artista saiu
O riso cedeu
O anjo partiu
O laço se abriu
O show acabou
O sonho ruiu
A magia terminou
O amor findou
A noite chegou
O sol esfriou
O cristal quebrou
Rompeu
Sem lágrima
Sem partida
Morreu
Sem lástima
Sem despedida

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cântico

Contar um conto
Cortar o conto
Cantar o canto
Cantar no canto
Contar um canto
Cantar um conto
Cortar no canto
Cantar o conto
Contar um conto
No canto
Cantar
O conto, o canto
No canto
Canto o conto
Conto o canto
Conto! Canta!